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A escolha profissional envolve não apenas uma decisão, mas algo que o jovem/adulto se dedicará por um longo período de sua vida. Não conseguir escolher uma profissão talvez seja apenas falta de informação, mas também pode ser identificado algo maior que possa estar impedindo esta escolha.

“A orientação vocacional é um processo que se preocupa não só com a informação das profissões que existem e estão ao alcance do orientando, mas também com a busca do conhecimento das pessoas, considerando suas características, seus interesses, suas habilidades, seus princípios e valores, e demais questões internas que poderão estar interferindo na escolha e, consequentemente, no projeto de vida”, explica a psicóloga Luciana Mancio Balico.

Além de dar apoio à formação da identidade profissional do jovem/adulto, esse tipo de orientação ajuda a identificar o surgimento da ansiedade por meio do ensinamento de diversas técnicas. Também pode ter um enfoque de orientação para indivíduos que querem avaliar seu momento de vida em relação ao foco profissional. Segundo a psicóloga, é uma análise válida para quem está repensando sua vida e profissão e mantém a preocupação em construir um projeto mais satisfatório, retomando o equilíbrio entre os diversos elementos de sua rotina.

O formato da orientação passa longe da tradicional aplicação de baterias de testes e da prática tecnicista. “Trabalho com uma abordagem mais dinâmica, privilegiando os processos de escolha e as dificuldades deles decorrentes, colocando no orientando a responsabilidade da escolha pelo poder do autoconhecimento, e da reestruturação cognitiva”, acrescenta.

Informação complementar | A psicóloga utiliza três testes validados pelo Conselho Federal de Psicologia: Avaliação dos Interesses Profissionais (AIP); Escala de Aconselhamento Profissional (EAP), e o chamado BBT (testes de fotografias das profissões).